HALLOWEEN, 1978, o filme que se não existisse não haveria Sexta-Feira 13 e tantos outros.
Pra quem gosta de tretas: Bem, é evidente que John Carpenter é melhor diretor que Sean S. Cunningham (Sexta-Feira 13) e Wes Craven (A Hora do Pesadelo) juntos.
Não me levem a mal. Não que estes diretores sejam ruins (especialmente Craven), mas é evidente que eles não trabalham sozinhos e o bom desempenho de seus filmes com certeza não se deu apenas com eles. Toda equipe tem mérito nos filmes. Tom Savini, Ron Kurz, Robert Englund.
John Carpenter, por sua vez, é "lone wolf". Ele é sem dúvida o único responsável por Halloween (incluindo a excelente trilha sonora - é ele o compositor).
A diferença entre Carpenter e Craven e Sean se chama "diploma". E isso, desculpem os românticos, conta sim. Ele é um cineasta que estudou cinema enquanto os outros dois são apenas raçudos.
Halloween, inclusive, talvez seja um dos poucos slashers que consigamos falar mais de cinema do que propriamente "um slasher".
É um filme que transborda técnica, domínio da linguagem e talento.
O domínio que John Carpenter tem, por exemplo, da mise-en-scène, é fantástico. Podemos ver a narrativa sendo construída em dois planos, tudo que está ao fundo, em segundo plano, é tão importante quanto o que está em primeiro plano.
Vejam as cenas onde Michael Meyers persegue as garotas de carro por exemplo. É tenso, mas quem é cinéfilo nerd fica dizendo pra si mesmo: CARALHO, ISSO É FUCKING CINEMA.
Fora isso a luminosidade e a fotografia minimalista, juntamente com a câmera estática (muito usado no primeiro Sexta-Feira 13) conseguem criar uma tensão forte no filme. Um suspense de quem aprendeu direitinho com Alfred Hitchcock, sua principal influência.
Nota 10.
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